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terça-feira, 31 de março de 2009

STELLA AWARDS


Já ouviram falar de Stella Liebeck, uma senhorinha de 81 anos que se queimou com café quente enquanto tentava beber e dirigir ao mesmo tempo? Liebeck vs McDonald's, foi manchete por todos os jornais americanos na época. E não é que Dona Stella ganhou uma "bruta" indenização do McDonald's.

Ela pediu inicialmente 20 mil dólares para cobrir despesas médicas e devido ao "imbroglio" criado pelo McDonalds, o valor andou rondando os 3 milhões de dólares; em recurso, houve diminuição para US$ 640 mil e, posteriormente, celebrou-se acordo não revelado entre as partes. O McDonalds, por via das dúvidas, mandou imprimir a temperatura do conteúdo nas tampas dos copos.

Em homenagem ao "grande feito" da vigarista Dona Stella foi criado um prêmio com seu nome, o Stella Awards, que é conferido todo ano às conquistas de consumidores em decisões um tanto quanto absurdas, mas verdadeiras, no Judiciário. A entidade criada tranformou-se numa instituição independente e que anualmente divulga e oferece prêmios aos mais espertinhos.

Alguns vencedores:

Carl Truman, 19 anos, de Los Angeles, ganhou o reembolso de despesas médicas e US$ 74 mil de indenização do motorista de um carro que passou em cima de sua mão. O motorista deu partida e andou, sem perceber que Truman estava roubando suas calotas.

Terence Dickson, de Bristol, roubou uma casa e quis sair pela garagem. Não conseguiu sair, porque o sistema de automação da porta apresentou defeito. Tentou voltar para a casa, mas a porta tinha batido e ele ficou trancado. Passou oito dias na garagem, com algumas latas de Pepsi e um saco de ração de cachorro deixados na garagem pelo proprietário da casa, que estava de férias. Só saiu quando os donos voltaram de viagem. Ganhou US$ 500 mil de indenização por "angústia mental indevida".

Merv Grazinski, de Oklahoma, levou o motor-home para a estrada, regulou a velocidade em 120 km/h e saiu do volante para fazer um cafezinho. O motor-home saiu da pista e capotou. Grazinski processou a fábrica porque o manual não dizia que o motorista precisa ficar na direção com o veículo em movimento. Ganhou um motor-home novo, mais US$ 1,75 milhão de indenização.

Kathleen Robertson, de Austin, Texas, recebeu US$ 780 mil de indenização, porque tropeçou em uma criança que brincava em uma loja de móveis, onde ela fazia compras. Com a queda, Kathleen quebrou o tornozelo. Acontece que a criança era filha dela mesma.

Jerry Williams, de Little Rock, Arkansas, recebeu indenização menor, no valor de US$ 14,5 mil, acrescentada de despesas médicas, porque foi mordido, na bunda, por um beagle do vizinho. O cachorro tinha coleira e estava na área da casa, mas Jerry resolveu pular a cerca e atacar o animal, dando-lhe vários tiros com a arma que portava.

Amber Carson, de Lancaster, Pennsylvania, escorregou no chão molhado, onde tomava refrigerante com o namorado. Com a queda, quebrou o cóccix e processou a empresa, recebendo a indenização de US$ 113,5 mil. Acontece que Amber brigou com o namorado e jogou-lhe o conteúdo do copo, molhando o piso.

Kara Walton, de Claymont, Delaware, divertia-se em uma casa noturna. Tentou fugir pela janela do banheiro para escapar do pagamento do couvert, no valor de US$ 3,50. Não foi feliz, porque caiu e quebrou dois dentes da frente. Processou o proprietário e recebeu US$ 22 mil de indenização, além das despesas dentárias.

As estúpidas decisões do júri americano não param por aí, são milhares de casos bizarros embasadas em leis igualmente bizarras originadas evidentemente do poder Legislativo. Daí notamos que nosso estapafúrdio legislativo não está tão sozinho assim e que a famosa frase atribuída a De Gaulle na crise política causada pela apreensão de pesqueiros franceses que capturavam lagostas em águas brasileiras na década de 60: "O Brasil não é um país sério." poderia ser muito bem empregada em terras do Tio Sam. Né não?

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